Eu acho que a morte é uma grande perda de tempo! Uma pessoa passa anos estudando, observando, aprendendo coisas até que esteja apta a inventar alguma coisa nova para a humanidade e assim podermos evoluir. Um belo dia, depois de ter estudado anos e anos, a pessoa morre e já era tudo o que ela estudou. Por mais que a pessoa escreva livros pra guardar o conhecimento que ela tinha, mais ninguém vai ter aquele conhecimento na cabeça.
Então uma nova pessoa nasce, como é de se esperar. Uma nova pessoa que não sabe nada de nada. A pessoa vai passar anos observando, vai aprender coisas básicas, vai ter que estudar e vai demorar muitíssimo tempo pra saber tanto quanto a pessoa que morreu sabia, se é que isso vai acontecer.
Se a pessoa que morreu ainda estivesse pesquisando e contribuindo para a sociedade, todos os anos gastos em formação de uma nova pessoa poderiam ter significado um grande avanço para a humanidade, mas acabaram por serem empregados em treinar uma pessoa por 30 anos até que ela tivesse o mínimo de capacidade de fazer o que a pessoa que morreu podia fazer. Assim, perdemos 30 anos de evolução, na melhor das hipóteses.
Levando em consideração que uma pessoa precisa de bastante experiência antes de inventar alguma coisa realmente significativa, é provável que ela só vá dar essa contribição com seus 60 anos, quando ela já estará em idade de se aposentar ou até mesmo poderá morrer em breve. Dessa forma, com a morte de uma pessoa que já estava capacitada para ter tais pensamentos grandiosos, perdemos 60 anos de evolução esperando uma nova pessoa tomar o lugar da que morreu para que ela contribua significativamente cerca de 5 anos e depois morra. Supondo que em 5 anos uma pessoa normal só tenha 1 pensamento grande o suficiente para ser considerado uma contribuição para a humanidade, percebemos que a sociedade evolui a uma taxa muito menor do que seria capaz se ninguém morresse.
Imagina se Newton e Einsten estivessem pesquisando ainda hoje, eles mesmos, suas próprias leis. Deve ser mais fácil pra eles do que pra quem tenta entender o que eles pensaram pra depois pensar em cima disso. Por tudo isso, a morte é realmente uma grande perda de tempo para nós, para a sociedade, para a evolução e principalmente para os coitados que ainda tem que nascer e aprender tudo o que já se foi pensado antes deles.
sábado, 7 de novembro de 2009
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6 comentários:
Acho que você pode mudas as contas usando 20 anos em vez de 30 e esquecer a parte dos 60 anos. Algumas das maiores contribuições ao mundo foram feitas na casa dos 20.
O ano de ouro de Einstein (aquele em que publicou os seus maiores trabalhos) foi 1904 - tinha 25 anos.
Alan Turing propôs a sua máquina universal aos 24 anos, junto com a sua teoria da computabilidade.
Newton desenvolveu a maior parte do cálculo e da teoria da gravitação entre a casa dos 20 e dos 30.
Lavoisier replanejou toda a iluminação das ruas de Paris aos 22 anos e, entre muitas coisas em muitas áreas (economia, física,matemática, direito etc), fundou a química como conhecemos hoje - elementos, reações, estequiometria - tudo invenções dele.
Depois dessas descobertas, à medida que foram avançando com a idade, foram se voltando mais para a política e questões sociais. Einstein trabalhava em prol dos judeus do mundo e foi convidado a ser o primeiro presidente do recém-formado Estado de Israel. Lavoisier elaborou um plano completo para acabar com a má distribuição da renda na França pré-revolução (dizem que se ele tivesse conseguido implantá-lo a Revolução Francesa nunca teria acontecido).
Só estou dizendo que se for para fazermos algo de valioso para a ciência e a humanidade, então tem que ser agora na casa dos 20 ou 30, porque a capacidade (ou interesse) científica(o) parece decair com a idade. Não podemos esperar estudar por 30 anos ou mais e só então querer criar algo novo.
Então, Exhora, se você está preocupada em não fazer nenhuma grande contribuição até a casa dos 60, quando você estiver mais apta, não se preocupe: você já está no clímax da sua habilidade científica. Se quiser fazer algo grande, faça agora! Não espere outros 40 anos para começar!
Arthur, eu me referia à grande comunidade acadêmica, que já é uma parcela minúscula da população. Os gênios surgem independente da taxa de mortalidade e natalidade e não podemos garantir que toda vez que morre um gênio, nasce outro pra entrar no lugar. Eu estava refletindo sobre como tanto tempo empregado em estudo é desperdiçado com a morte, pois se todos continuassem pesquisando depois de terem tido tanto trabalho pra aprender tudo até ali, evoluiríamos mais rapido.
Não estou esperando meus 60 anos pra contribuir com a sociedade. Não sou um gênio, mas faço o que posso, atualmente.
Quanto ao porque os gênios não se interessam tanto por ciência depois de certa idade é outro assunto a se pensar. Acho que eles percebem que de nada adianta tanto avanço científico quando tem tanta gente no mundo que nem sabe ler... ou melhor, que não tem nenhuma condição mínima de viver, muito menos de pensar. Provavelmente eles percebem isso porque são gênios, afinal, né?
Bom, acho que eu só vou saber o que acontece na cabeça de um gênio aos 60 se eu for um gênio e se eu chegar aos 60. Duas coisas improváveis, mas se algum dia eu chegar lá eu te conto. :)
Pra falar a vdd, acho que conforme o pessoal vai descobrindo coisas, fica mais dificil alguem com menos tempo de estudo descobrir algo importante, pois é necessário entender o que ja foi descoberto antes de inventar novidades.
Dessa forma, é natural que tenhamos que estudar cada vez mais tempo antes de (nós, meros mortais) termos chances reais de fazer grandes descobertas, e menos tempo para aproveitar todo esse conhecimento obtido.
Por tudo isso, acho que a teoria é válida, e que a coisa vai se agravar, até que alguém de um jeito de fazer upload de conhecimento para o cérebro ;)
Upload para o cérebro, já! \o/
hauahauhaa
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